Apesar de mais frequente na adolescência, o amor platônico pode acontecer em todas as idades. Ele recebe esse nome por ser citado primeiramente nos livros de Platão, se referindo a um tipo de amor que não se tem, que se sente falta, que está além do alcance. 

É esse tipo de amor que é nutrido por ídolos, pessoas com quem não temos contato, já comprometidas ou, simplesmente, que já sabemos que não possuem interesse na gente.

Platônico faz referência à filosofia de Platão, que segue o platonismo, filosofia de acordo com a qual a essência das coisas existem independentemente delas, sendo compostas por ideias que não são condicionadas nem limitadas por suas formas, sendo suas representações em objetos grosseiras.

A ideia de amor não correspondido por si só nos mostra que existe uma expectativa. O que nos faz sofrer é a falta de retribuição do sentimento, ou seja, a expectativa de ser amado de volta.

Como diz a sabedoria popular, “a expectativa é a mãe da frustração”. Quando condicionamos nossa admiração pelo outro à vontade de sermos admirados da mesma forma, abrimos espaço para decepções. Isso porque não é possível exigir que o outro sinta o mesmo que nós.

Lidar com essa frustração é o caminho para superar o amor não correspondido. Para isso, é preciso ter em mente que existem mil razões para uma pessoa se apaixonar pela outra, assim como existem para não se apaixonar. 

É preciso compreender que o fato de alguém não gostar de você não é sua culpa, não significa um defeito e nem que você não pode ser amado. Simplesmente as suas características não são compatíveis com o que a outra pessoa busca.

Um amor não correspondido pode assumir muitas formas. Alguns exemplos: ter uma queda por alguém não disponível ou por alguém próximo, perseguir um amor após rejeição, desejar um amor antigo, estar em um relacionamento não recíproco ou fantasiar uma relação com alguém.

Para evitar ou sair de uma situação como essa busque desenvolver o seu amor próprio e descobrir o que você admira em si mesmo. Esse processo de autoconhecimento pode ser feito em sessões de terapia, com um psicólogo. 

Ele é o profissional capacitado a ajudar você a se conhecer, compreender quais são as suas qualidades, valorizar-se e preparar-se para viver um amor real, compatível e, principalmente, correspondido.

Amar e não ser amado faz parte da vida, mas isso não significa que não seja sofrido. Ser rejeitado sempre dói. No entanto, com inteligência emocional é possível virar a página.

Amar uma pessoa pode ser uma experiência cativante, diferente de qualquer outra. No entanto, quando não somos correspondidos, a sensação pode ser devastadora. 

O amor não correspondido pode machucar muito, mas é possível superá-lo. Comece controlando o seu comportamento para não piorar as coisas. Depois, afaste-se da pessoa e cuide do seu estado emocional. Finalmente, tome atitudes para seguir em frente com a sua vida e considere outros pretendentes.

Após uma rejeição, é comum nos concentrarmos em nossos próprios sentimentos, o que quer dizer que não paramos para pensar no que a outra pessoa está sentindo. Rejeitar sua aproximação pode ter sido doloroso para a outra pessoa também.

Pense o seguinte: rejeitar alguém tão bom quanto você provavelmente não foi fácil para a pessoa. Além disso, se vocês são amigos, talvez ela tenha inclusive arriscado a amizade de vocês com a rejeição.

É preciso muita coragem para não entrar em um relacionamento que não parece ideal. A pessoa pode ter diversos motivos para não querer engatar um relacionamento com você e o seu papel é mostrar maturidade ao entender a situação.

O amor não correspondido é uma situação cujo resultado implica em sofrimento e solidão. O curioso é que, para algumas pessoas, tal escolha sempre se repete. Por quê?

Escolher alguém que não está interessado em você é uma opção inconsciente. Os motivos são vários, principalmente a baixa autoestima, insegurança, a percepção negativa sobre si mesmo e o complexo de inferioridade.

A pessoa atribui ao ser amado qualidades que gostaria de ter, mesmo conhecendo-o pouco, iniciando assim uma confusão pessoa-personagem. 

Há uma necessidade que este ser amado reconheça e valorize a pessoa, pois ela mesma não se acha suficientemente atraente ou interessante ou que possua qualquer outro atributo de valor.

Um encontro a dois deve ser mútuo. Por isso é importante perceber como cada um entra em uma relação afetiva, quais as expectativas e desejos de ambos para que não insista num relacionamento sem reciprocidade ou que talvez nunca haja, exceto na cabeça de um dos parceiros.

Colocar-se no papel de vítima ou de sofredor dificulta ainda mais a ver que toda situação é fruto de uma escolha. Para sermos amados é preciso ser, inicialmente, responsável pela própria satisfação e não depositar no outro a responsabilidade da felicidade. Prestar atenção nas próprias necessidades e sentimentos é fundamental.

As emoções e a dor de superar o amor não correspondido podem parecer muito semelhantes a romper um relacionamento.  De fato, seguir em frente a partir de uma situação de amor unilateral pode ser especialmente doloroso porque geralmente coloca a sua paixão num pedestal. 

Além disso, lamentar a perda de um futuro que imaginou em conjunto pode doer tanto ou mais do que acabar com um relacionamento exclusivo e comprometido que não deu certo por razões concretas.

Você provavelmente passará por alguns, se não todos, os estágios do luto: negação, raiva, implorar, depressão e aceitação. Então, dê a si mesmo tempo para digerir e processar as suas emoções. 

Uma pesquisa mostra que apenas o ato de se tornar consciente das suas emoções e rotulá-las pode ajudar a regular esses sentimentos intensos.

Para superar os sintomas iniciais de abstinência, dê a si mesmo pelo menos 30 dias sem contato para começar. Depois, reavalie como está se sentindo após esse mês. 

Sim, isso significa deixar de seguir e/ou bloquear a pessoa nas redes sociais também. Isso vai ajudar a resistir ao desejo de ‘perseguir’ online e libertar alguma energia mental que pode redirecionar para hábitos mais saudáveis.

Os cientistas mostraram que uma pessoa infeliz no amor passa por dois estágios. O primeiro está associado a um aumento no nível de dopamina no corpo, o que causa emoções contraditórias, desde uma forte raiva até a melancolia. E quando o nível de dopamina diminui, o segundo estágio começa, e a pessoa cai em depressão. 

Nem todos conseguem superar essa condição sem ajuda. Se você perceber que não está melhorando e que acha impossível se distrair dos pensamentos sobre seu amor não correspondido, deve procurar um profissional e iniciar um tratamento psicológico.

É preciso muita energia para curar um coração partido, mas é possível. E se você não ficar obcecado com o assunto e continuar com sua vida, depois de um tempo o que foi um verdadeiro drama ontem, parecerá um evento menor hoje.