Amor Entre Cordas

20:00

Naquela tarde decidimos elevar nossos momentos sozinhos a um nível diferente, sempre fomos e ainda somos "baunilhas" ou seja, não sabemos nada de BDSM. Mas isso não iria nos brecar, não a nós. Sempre tive um certo fascínio pelo Shibari, a arte da amarração, e a ideia da privação dos movimentos também fazia meu sangue ferver.

Ali, no momento da amarração, meu coração parecia que ia saltar pela boca. Eu me sentia aquele virgem inexperiente igual a minha primeira vez: sem rumo, sem coordenação, precisando de um guia, uma inspiração, uma luz. O que eu faço?
Ela me olhou nos olhos, tão nervosa quanto eu e me disse timidamente: "Vamos?"
Corro, fujo, choro, desisto da ideia? Foi então que a luz apareceu, ela me olhou nos olhos, tão nervosa quanto eu e me disse timidamente: "Vamos?". Ah, se ela soubesse a força daquela palavra, daquele gesto, daquele olhar. Naquela hora meu peito se encheu de coragem e eu respondi firmemente: "Vamos!"

Comecei a colocar em pratica tudo que li sobre as técnicas de amarrações e Shibari, "o nó deve ser frouxo, pra não prender a circulação mas apertado o bastante para privar o movimento", "se a corda for fina, utilize duas ou até três voltas, isso dará um aspecto melhor nas amarrações", "procure posições confortáveis para a amarração, uma posição ruim pode causar cãibras e acabar com todo o prazer".
E quando terminei, ali estava ela deitada na cama
E quando terminei, ali estava ela deitada na cama. A luz fraca que entrava pela janela de cortinas semi fechadas iluminavam seu lindo corpo nu, vestindo apenas aquela corda vermelha. Seu rosto parecia refletir a cor das cordas, vermelho com um misto de timidez e excitação, como na nossa primeira vez juntos. Aquilo era para um deleite aos meus olhos.

Para nós só aquele momento bastaria, estávamos entorpecidos de prazer por todas aquelas novidades. Mas eu queria recompensa-la, pela parceria, pela força, por tudo, então eu deslizei suavemente minha mão pelas cordas até encontrar sua vagina, totalmente molhada. Seu corpo respondeu com um leve espasmo, como de alguém que leva um pequeno susto, parecia que eu toquei um botão que a tirou do transe do Shibari: "Merda, destruí todo o clima!" Pensei.
Os dedos penetravam entre as cordas já úmidas
Mas em segundos sua face voltou a para o estado de timidez e excitação, então tomei coragem e perguntei: "Posso?". Sim, pode parecer broxante para alguns, mas sempre achei importante exigir o consentimento, participar. O sexo é feito de duas pessoas unidas, se fosse só uma seria masturbação. E ela sabia disso, do seu espaço sendo respeitado, ela olhou nos meus olhos e disse: "Deve!".

Confesso que sorri igual uma criança, e ali comecei meus movimentos. Os dedos penetravam entre as cordas já úmidas, que estimulavam seu clitóris com os movimentos. Com a outra mão, eu comecei a acariciar levemente um de seus seios. Os mamilos já enrijecidos,  indicavam o prazer puro dela naquele momento.
E foi ai que ela explodiu em prazer!
Conforme a intensidade dos seus gemidos aumentavam, a intensidade de tudo aumentava. O peito não era mais acariciado levemente, era apertado com vontade, com prazer! Aquilo iria deixar alguma marca leve por alguns dias, mas quem iria se preocupar com isso naquela hora? A mão já tão rápida enquanto penetrava também estimulava o clitóris, causando inveja a qualquer vibrador, que seria sortudo em participar daquele momento. Enquanto isso seus gemidos aumentavam, e foi ai que ela explodiu em prazer!

Suas coxas se fecharam travando minha mão ali, enquanto ela explodia em prazer. Com a mão travada eu continuava fazendo movimentos circulares no seu clitóris e no ponto G, ela apertava as pernas mais ainda, seu corpo tomado por espasmos que só o orgasmo pode proporcionar. Subi então minha mão pela sua coxa, o que foi aprovado pois as pernas se abriram magicamente para mim naquele momento.
Pouco a pouco estávamos envoltos entre cordas.
Entre seus espasmos comecei então lentamente a desfazer os nós, e pouco a pouco estávamos envoltos entre cordas. Deitei ali ao lado dela com a sensação de dever comprido, e ela se encostou no meu corpo, ainda ofegante. E assim ficamos ali, nossos corpos nus e entregues depois de todo aquele deleite. Nossas almas sabiam que aquele Shibari "baunilha" era só o começo de algo muito mais intenso e profundo, algo que só duas almas unidas e entregues a um prazer sem restrições poderiam entender.

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